quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SENTIDO

Negue a loucura de teus atos
Sonde as tormentas de tua juventude
Ouça as vozes tempestuosas
Ronde a mente dos ausentes
Sufoque a ânsia de tua sentença
Enebria-te pelo esquecimento de quem se olha
E não se ver
De quem se sente
E não se toca
De quem ama
Mas não se ama
De quem fala, calado

SONHO

Na ação do tempo
Na canção do vento
Jamais esquecerei
Os tempos de minha mocidade
Onde de cantos e encantos
Presenciem a feracidade
De meus atos
E os lampejos inconscientes
De um EU paradoxalmente
Enlouquecido por si

domingo, 5 de julho de 2009

ENCONTRO

Do encontro
Nasce o querer
E os desencontros.
O querer
É o sentir.

Sente-se pelo cheiro
Pelo toque
Pelo olhar...

Ao sentir
Saboreia-se uma presença:
A delícia da escolha,
Da vontade de encantar-se,
Por amor, com a vida.

Do olhar
Ao encontro
Pelo querer...

Sente-se
Um amor
Que se constrói...
Em momentos atemporais!


(Do livro "Delícias do (nosso) amor", de Edineide Dias de AQUINO e Assis Souza de MOURA, 2009)

O BEIJO

Ao querer amar,
Sabe-se sobre encontros
Necessários...

Pelo sentir,
Encontra-se,
Escuta-se o coração
Do outro...

Da escuta,
Nasce a caminhada
e Caminha-se
Juntos
De mãos dadas.

Cheira-se o cheiro do outro
Fecham-se os olhos
Abre-se a alma,
Liberta-se dos medos

Beija-se o beijo
Da pessoa que se ama...

Beija-se mais
E sente-se beijos...


(Do livro "Delícias do (nosso) amor", de Edineide Dias de AQUINO e Assis Souza de MOURA, 2009)